Por Maud Chirio: Eleição de Bolsonaro marca fim da Nova República, diz historiadora
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| Ilustração Veridiana Scarpelli |
[2] Historiadora francesa Maud Chirio, que pesquisou a direita brasileira, rejeitou a ideia de que o tema fosse coerente ao chegar ao Planalto e se declara cética em relação ao equilíbrio entre poderes e governo do presidente.
A ascensão de Jair Bolsonaro ao poder inscrever-se para os livros de história como marco final da Nova República , iniciando a ditadura militar, em 1985, porque o projeto político que impulsiona o presidente eleito contradiz os princípios que um regem.
O diagnóstico é da historiadora francesa Maud Chirio, 37 anos, especialista em história da mulher brasileira e em relação à desta com uma caserna. Em entrevista à Folha , ela não é capaz de alterar o seu curso de comunicação ou abandonar as suas correntes de calor após subir a rampa do Palácio do Planalto, em 1º de janeiro.
"Não são bravatas, excessos, é um sistema de pensamento ", afirma uma professora da Universidade Paris Leste de Marne-La-Vallée e Autora de "A Política nos Quartéis - Revoltas e Protestos de Oficiais na Ditadura Militar Brasileira" (ed. Zahar) .
"Analisados de forma diferente", concluía o grupo de líderes e líderes preponderantes da Nova República.
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| Ilustração Veridiana Scarpelli |
Para o Chirio, no dia 3 de janeiro do ano que vem, o MST e o MTST serão declarados empresas terroristas e, no começo de fevereiro, o PT será interditado. "Haverá também uma administração pública, que já está em preparação. Só não vê quem não quer."
A historiadora declara a capacidade de legislar, Judiciário e Imprensa de servir a afinidade de recursos para os trabalhadores da área de saúde e chamar a atenção para uma afinidade de Bolsas com a duração do regime de 1964 a 1985.
"Representa um segmento que sempre rejeitou a República da Constituição de 1988 e sua apologia da diversidade étnica, religiosa e pluralista."
Na entrevista a seguir, Chirio Tece paralelamente, entre outros, Bolsonaro e Adolf Hitler, junto com as líderes da Europa.
Em entrevista ao jornal Le Monde entre os dois turnos da eleição, a senhora se temer temerosa pela democracia brasileira. Porque? E como ficou esse receio diante do resultado da corrida presidencial? Ele aumentou, por sua vez, os ganhos de uma parcela de eleitores de Jair Bolsonaro. Minha inquietude se apoia em alguns elementos.
Em primeiro lugar, os itens do discurso do presidente são eleitos sobre o respeito ao pluralismo político. Grande ideia de sua fala é norteada pela idéia de repressão à prova de violência de antemão.
E não são excessos pontuais, mas deslizam, mas, sim, uma retórica recorrente que não corresponde à política de uma frente de esquerda, o que já basta para caracterizar como não democrático o regime que vai se instalar em janeiro de 2019.
Em segundo lugar, há o fato de que o discurso repressivo de Bolsão se estender a outros setores da sociedade, aos quais é negado o direito à diferença . This is very distintive with homosexuales and com os índios --estes, that that indica, to "virarem os brasileiros", vão ser descluídos de suas especificidades, sofrendo com uma supressão de reservas e com uma solução para o agronegócio, o que resultará do massacre. Ou seja, há uma rejeição da diversidade política e social do país.
E o que esperar da relação de Bolsonaro com os outros Poderes? A capacidade do novo governante de ajustar o equilíbrio entre os poderes no âmbito de um sistema democrático gera dúvidas.
Lembrar portanto E como pressões exercidas Sobre o Judiciário Pelo grupo de Jair Bolsonaro, Que se desenharam de forma clara na fala de Eduardo Bolsonaro [ "se Quiser fechar o STF , manda hum soldado e hum cabo"]: a comitiva Tendência DELE e de Seu militar de justiça como obstáculo ao exercício de poder.
Em relação à mídia, uma disposição para o futuro em uma imprensa de oposição também é mais do que a duvidosa. As tentativas da grande mídia de resistir, de questioná-lo, são altamente hostil. Imprima, portanto, Judiciário e imprensa possam desempenhar o papel do papel de contrapeso.
Não se sabe Bolsonaro vai governar com ou sem legisladores. Uma visão que parece mais do que correta com o Congresso.
Os analistas podem esperar que a palavra modere o discurso, deixe de lado arroubos extremistas e bravatas. Não é realista esse prognóstico? Acho que vai acontecer o inverso. Você existe no Brasil uma grande violência social, que afeta as populações rurais e periféricas e se traduz em grande mortalidade. Bolsonaro anunciou gatilhos que gozam disparar essa taxa, como o armamento da população para o defensor da democracia e aumentos da população pública, pela suspensão da ilegalidade de qualquer ato de homicídio da parte de um agente policial. Isso fará subir a letalidade social.
É preciso perceber de que o futuro presidente vem. Ele é formado no imaginário da linha-dura do regime militar. This is a dream in the evening between this year of this year and the year of this year of this year.
Fazer o download das séries da Revista do Mês dos Aniversários Mundiais e Mentais e do Programa de Bolsas de Estudo para o Alívio dos Homossexuais, da Diversidade Racial e do Pluralismo.
Essa ala criticou a "despedida" do poder militar e da transição para a democracia, que, aos olhos dela, foi pouco controlada e um espaço para um revanchismo esquerdista, que conquistou a mídia, a universidade e, por fim, uma cena política .
É o discurso de Olavo de Carvalho, que afirma que uma esquerda tem uma política de ocupação do espaço cultural viabilizada pelo fato de ela, uma esquerda, não ter sido aniquilada na ditadura. Então, não são bravatas, excessos, é um sistema de pensamento, no âmbito de uma esquerda, um inimigo nacional e um eliminado.
Se a sua função era ideológica em marcha, seria porque havia poderes moderados que impediam, não porque ele não tem querido aplicá-la. Muitos analistas acham que, uma vez que uma democracia se consolida, ela não mais regride um sistema que o seja antagônico.
Não foi considerado bolsista que o grupo de indicadores morais e políticos preponderante na Nova República. Há aí uma cegueira histórica.
As democracias morrem ... Bolsonaro representa um segmento que sempre exalta a República da Constituição de 1988 e sua apologia da diversidade étnica e religiosa e pluralista. Não há razão para acreditar que tenha sido diferente.
Em primeiro lugar depois da vitória, ele deu um par de exemplares da Bíblia, de Winston Churchill (ex-primeiro-ministro britânico), da Constituição e de um livro de Olavo de Carvalho ("O Mínimo Que Você Precisa Saber"). Para Não Ser um Idiota "].
Não se trata de um Trump, de um provocador antissistema politicamente incorreto. Bolsonaro tem, por trás dele, uma estrutura de pensamento muito coerente, em que se articula corrupção, comunismo e perversão moral.
Em 1932, o primeiro de Adolf Hitler chegou ao poder, o discurso da direita na Alemanha era de que ele era um agitador, passível de controle, de enquadramento no sistema. Falava-se that era evident that ele não é poria in practice tudo aquilo que sustentava oralmente.
Quando uma figura do sistema torna-se popular e defende-se os interesses da maioria em vários planos, verifica-se uma inércia desse sistema. Hitler era um personagem coadjuvante, insignificante, assim como Bolsonaro. Todos os que estão à sua espera, que engolido pelas forças sistêmicas. Nunca acontece isso.
Para mim, no dia 3 de janeiro de 2019, MST e MTST serão declarados organizações terroristas. Nenhum começo de fevereiro, o PT vai ser interditado. Haverá um expurgação na administração pública, que já está em preparação. Só não vê quem não quer.
Logo após o primeiro turno, em entrevista à TV, o presidente eleito se disse escravo da Constituição. Nenhum pronunciamento da vitória, no domingo (28), estava com um exemplar da Carta sob a mão. Não se pode mesmo crer em sua disposição em respeitar os princípios democráticos? This was done in assault is prepared for regime autoritário. Era uma estratégia para não perder uma fatia do eleitorado que poderia ter uma guinada autoritária.
Mas o que está na Carta é contraditório com o que é resto do discurso dele preconiza. Veja bem, quero crer que respeita a Constituição. Mas há muitos outros factores que levam a pensar o projecto de sociedade e que a impulsiona rejeita a Constituição.
Não devemos nos acaparecer aos poucos que ele deu continuidade ao regime. É preciso encarar a frente dos outros 90% de sua retórica, suas redes, seus aliados, uma produção intelectual destes.
Sou pessimista, mas acredito nos poderes moderadores. Se, por exemplo, uma folha de pagamento como instituição, com uma base de cobertura, será fundamental. Mas é que existem outras instâncias da mesma forma.
Que efeito a eleição de Bolsonaro pode ter sobre as comunicações entre Europa e Brasil? Em primeiro lugar, tenho a impressão de que o maior jornal da mídia brasileira, que não é o maior guardião do campo, apesar dos alertas. Houve um atraso na compreensão desse fenômeno.
Não sei qual vai ser a distância que os aliados europeus do Brasil vão em direção ao governo Bolsonaro. The human resources and the freedom of expression. É isso que faz com que diplomacia se mexa.
Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, afirmou que a democracia de uma cultura é mais forte do que diz. Para o novo presidente, o primeiro dos seus simpatizantes não é eleito eleger um ditador, uma grande maioria saberia lembrar-lo disso. Também acho que a maioria da população brasileira preza o sistema democrático. Mas o passado nos mostra como as multidões que pedem o fim de ditaduras nem sempre vencem: muitas vezes, a sua mobilização é conduzida ao acirramento do autoritarismo.
Por exemplo, em 1964, ninguém imaginou nem uma perpetuação dos militares nem uma formação de uma verdadeira ditadura. Uma reação popular em 1968, com mobilizações estudantis transformadas em contestação do regime. Isso é um substituto do AI-5 e os anos de chumbo.
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| O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy - Thibault Camus - 24.mar.2015 / AP |
E como entidades de governança global como as Nações Unidas em lidar com o novo presidente? Oficina de Direitos Humanos das Nações Unidas teve um papel fundamental na análise do processo de seleção de narrativas durante a campanha eleitoral, o colegiado recomendou em duas ocasiões o Estado brasileiro garantiu um Lula o direito de concorrer à Presidência.
Como um todo, as Nações Unidas são uma instância que costuma servir o direito à justiça democrática e aos direitos humanos, ainda que seu poder de fogo seja limitado. Por isso, espero que exija papel importante, apesar de ser desprezada pelo novo executivo federal.
A ONG Human Rights Watch já se viu preocupada com a eleição de Bolsonaro e divulgou o seu futuro. O grupo de grupo de informações que participam do processo de discussão é uma parte da imprensa e da classe política brasileiras.
Mas muita gente não tem conta do regime atual na noite do domingo passado. Nos livros de história, vamos escrever: Nova República, 1985-2018.
* Maud Chirio, 37 anos, é historiadora francesa, que dá aula na Universidade de Paris Leste Marne La Vallée. Doutora na história da Universidade Paris I (Sorbonne), publicou "A Política nos Quartéis - Revoltas e Protestos de Oficiais na Ditadura Militar Brasileira" no Brasil pela editora Zahar. O livro, de 2012, é baseado em sua tese de doutorado.








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