REFORMA OU REVOLUÇÃO?
Reproduzo aqui artigo, de Celso Lungaretti, para reflexão, sobre: Partidos de esquerda.
Partidos
de esquerda vivem um dilema que precisa ser resolvido logo!
O que efetivamente
queremos, ou que devemos buscar?
A FALSA CONSCIÊNCIA E
A ESQUERDA QUE COM ELA COMPACTUA.
Por Celso Lungaretti (*)
Como faz falta uma
esquerda à moda antiga, que não tenha medo medo de dizer em alto e
bom som que o problema fundamental nas nações capitalistas é
exatamente o fato de serem capitalistas!
No Brasil, a esquerda que perdeu a vontade de fazer a revolução, preferindo disputar nacos de poder sob o capitalismo, embarca grotescamente no denuncismo contra a corrupção, pautado pelo inimigo e insuflado ad nauseam pela indústria cultural do inimigo.
Com isto, o debate político permanece há anos estagnado e não se oferece aos trabalhadores uma PERSPECTIVA REVOLUCIONÁRIA.
Bem dizia o Paulo Francis, nos seus melhores dias: o combate à corrupção é bandeira da direita.
A corrupção é inerente ao sistema que coloca a ganância e a busca da diferenciação acima de todos os outros valores, inclusive a família e a vida; haverá sempre algum político querendo levar vantagem por meios escusos e sua momentânea colocação na berlinda será sempre conveniente para quem está empenhado em evitar que os explorados reflitam sobre os caminhos concretos para darem um fim à exploração.
Entra CPI, sai CPI e nada verdadeiramente muda, ninguém é verdadeiramente punido, só cumpre um período de ostracismo e depois volta à tona, belo e lampeiro. Os acusados de uma podem até se tornar os juízes de outra, como Fernando Collor.
Caberia à esquerda brasileira dizer aos explorados: "Isto é só poeira colorida que o sistema joga nos seus olhos, para que sintam-se vingados vendo um poderoso cair no opróbrio! Vocês precisam é de que os frutos do seu trabalho não lhes sejam usurpados, não de catarse barata!".
Assim como caberia à esquerda européia (começando pela da França, onde a xenofobia virou grande tema eleitoral...) dizer aos explorados de lá: "Não são os imigrantes que desgraçam sua vida ao disputarem postos de trabalho consigo, mas sim o capitalismo, ao forçar o trabalhadores a uma competição zoologica por bens que poderiam sobrar para todos, se a produção fosse voltada para o atendimento das necessidades humanas e o que se produz fosse distribuído equitativamente entre todos os seres humanos".
Mas, não o fazem. Então, entregues à FALSA CONSCIÊNCIA que o sistema tudo faz para neles incutir, os explorados daqui esbravejam contra todos os políticos e descreem na atividade política como caminho para forjarem uma sociedade mais justa, enquanto os explorados de lá hostilizam irmãos ao invés de buscarem seu apoio na luta contra o verdadeiro vilão, o capitalismo.
Até que a esquerda volte a ser revolucionária, continuaremos patinando sem sair do lugar.
* jornalista e escritor.
No Brasil, a esquerda que perdeu a vontade de fazer a revolução, preferindo disputar nacos de poder sob o capitalismo, embarca grotescamente no denuncismo contra a corrupção, pautado pelo inimigo e insuflado ad nauseam pela indústria cultural do inimigo.
Com isto, o debate político permanece há anos estagnado e não se oferece aos trabalhadores uma PERSPECTIVA REVOLUCIONÁRIA.
Bem dizia o Paulo Francis, nos seus melhores dias: o combate à corrupção é bandeira da direita.
A corrupção é inerente ao sistema que coloca a ganância e a busca da diferenciação acima de todos os outros valores, inclusive a família e a vida; haverá sempre algum político querendo levar vantagem por meios escusos e sua momentânea colocação na berlinda será sempre conveniente para quem está empenhado em evitar que os explorados reflitam sobre os caminhos concretos para darem um fim à exploração.
Entra CPI, sai CPI e nada verdadeiramente muda, ninguém é verdadeiramente punido, só cumpre um período de ostracismo e depois volta à tona, belo e lampeiro. Os acusados de uma podem até se tornar os juízes de outra, como Fernando Collor.
Caberia à esquerda brasileira dizer aos explorados: "Isto é só poeira colorida que o sistema joga nos seus olhos, para que sintam-se vingados vendo um poderoso cair no opróbrio! Vocês precisam é de que os frutos do seu trabalho não lhes sejam usurpados, não de catarse barata!".
Assim como caberia à esquerda européia (começando pela da França, onde a xenofobia virou grande tema eleitoral...) dizer aos explorados de lá: "Não são os imigrantes que desgraçam sua vida ao disputarem postos de trabalho consigo, mas sim o capitalismo, ao forçar o trabalhadores a uma competição zoologica por bens que poderiam sobrar para todos, se a produção fosse voltada para o atendimento das necessidades humanas e o que se produz fosse distribuído equitativamente entre todos os seres humanos".
Mas, não o fazem. Então, entregues à FALSA CONSCIÊNCIA que o sistema tudo faz para neles incutir, os explorados daqui esbravejam contra todos os políticos e descreem na atividade política como caminho para forjarem uma sociedade mais justa, enquanto os explorados de lá hostilizam irmãos ao invés de buscarem seu apoio na luta contra o verdadeiro vilão, o capitalismo.
Até que a esquerda volte a ser revolucionária, continuaremos patinando sem sair do lugar.
* jornalista e escritor.
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